sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Os desapontamentos da vida - Laura A. B. Snow


Os desapontamentos da vida - Laura A. B. Snow 





(Este manuscrito foi achado na Bíblia de J.N.Darby, depois de seu falecimento, ocorrido em 29/04/1882).

Os desapontamentos da vida são, na realidade, apenas determinações do Meu  amor. Tenho uma mensagem para ti, hoje, Meu filho. Vou segredá-la suavemente ao teu ouvido, a fim de que as nuvens anunciadoras da tempestade, quando aparecerem, sejam douradas de glória, e para que os espinhos, que porventura cerquem o teu caminho, sejam afastados. A mensagem é curta – uma simples frase, mas deixe que entre no fundo do teu coração e que seja para ti como que uma almofada onde possas descansar a tua cabeça fatigada.
FUI EU QUE FIZ ISTO ”.


Nunca pensaste que tudo o que te diz respeito, Me diz respeito a Mim também? “ Porque aquele que tocar em vós toca a menina do Meu olho” (Zac 2:8). Tu és precioso para Mim, e é por isso que Me interesso especialmente por teu crescimento espiritual. Quando a tentação te assalta e o inimigo “vem como uma inundação”, gostaria que soubesses que “ ISTO VEM DE MIM ”. Eu sou o Deus das circunstâncias. Não foste colocado onde estás por acaso, mas porque é o lugar que Eu escolhi para ti. Não pediste para ser humilde? Pois saiba que o lugar onde estás é o único onde podes aprender bem esta lição. É por meio de tudo quanto te rodeia, e até dos que te cercam, que a Minha vontade se cumprirá
Tens dificuldades monetárias?     Custa-te viveres com o que Eu te dou?
FUI EU QUE FIZ ISTO ”, porque Eu posso todas as coisas. Quero que recebas tudo e que dependas somente de Mim. As minhas riquezas são ilimitadas (Fil 4:19). Prova-Me para que não se diga a teu respeito “contudo, não creu no Senhor seu Deus”.
Estás passando pela noite escura da aflição? “ FUI EU QUE FIZ ISTO”. Eu sou o Homem de dores e experimentado em trabalhos. Deixei-te sem qualquer auxílio humano para que, voltando-te para Mim, encontres consolação eterna (II Tess 2:16-17).
Estás desiludido com algum amigo a quem talvez abriste o teu coração? “ FUI EU QUE FIZ ISTO ”. Permiti esse desapontamento para que pudesse aprender que Eu, Jesus, Sou o melhor Amigo. Eu te livro de cair, combato as tuas lutas. Sim, Eu Sou o teu melhor Amigo. Eu anseio por ser seu confidente.
Alguém disse coisas falsas a teu respeito? Não te ires; vem para mais perto de Mim, debaixo das minhas asas, longe de qualquer troca de palavras, porque: “Eu farei sobressair a tua justiça como a luz e o teu juízo como o meio-dia” (Sal 37:6).
Onde estão os teus planos? Sentes-te esmagado e abatido? “ FUI EU QUE FIZ ISTO ”. Não foste tu que fizeste os teus planos, e depois Me pediste para os abençoar? Quero Eu fazer os seus planos. Eu tomarei toda a responsabilidade, porque é pesada demais para ti; não os poderias cumprir sózinho (Exo 18:18).
Já desejaste alguma vez fazer qualquer coisa de grande importância por Mim? E, em vez disto, foste posto de lado, talvez num leito de dor e sofrimento? “ FUI EU QUE FIZ ISTO ”. Não podia prender a tua atenção doutra forma, enquanto estavas tão ativo. Desejo ensinar-te algumas das Minhas lições mais profundas. São somente aqueles que aprenderam a esperar pacientemente que Me podem servir. Os Meus melhores trabalhadores são, às vezes, aqueles que estão fora do serviço ativo, para poderem assim aprender a manejar melhor a arma que se chama Oração.
Foste chamado de repente a ocupar uma posição difícil, cheia de responsabilidade? Vai; conta Comigo! Eu é que te dou esta posição, cheia de dificuldade, pela razão de que “O Senhor teu Deus, te abençoará em tudo quanto fizeres” (Deut 15:18).
Ponho hoje nas tuas mãos o vaso de óleo santo. Tira tudo quanto quiseres, Meu filho, para que todas as circunstâncias que possam levantar-se diante de ti, cada palavra que te magoe, qualquer coisa que prove a tua paciência, cada manifestação da tua fraqueza, seja ungida com este óleo santo. Lembra-te que interrupções são instruções divinas. A dor que sofreres será conforme à  medida que Me vires em todas as coisas. Portanto, aplicai o vosso coração a todas as palavras que hoje testifico entre vós ... “pois são a vossa vida ” (Deut 32:46-47).
Autoria de Laura Anna Bartner Snow, (talvez século 19 ou 18).

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

OS LENHADORES


OS LENHADORES
       AO AMANHECER de um dia de outono, dois homens seguiam através de um pinheiral. A cada lado se erguiam os troncos, direitos como colunas, e, muito acima das cabeças daqueles homens, os ramos formavam densa cobertura verde.
       O tapete de relva que pisavam amortecia o som de seus passos. Timothy era baixo e corcunda, com os braços compridos e fortes. Apesar de sua deformidade física, e da barba e cabelos escuros emaranhados, era amável. Com o rosto voltado para cima contemplava Raymond. Este, recém-chegado ao acampamento, era mais novo, alto e forte, e andava orgulhosamente ereto. Era louro, de feições bem marcadas e olhos azuis.
       – Raymond, você tem muito que agradecer.
       – Eu?
     – Sim – e Timothy recusou-se alegremente a prestar atenção no tom de escárnio na voz do companheiro. – Nada sei de sua vida, dos anos que ficaram para trás, nem sei o que fez você vir para este lugar; mas é alto e forte, conhece livros e deve ter tido muitas oportunidades. Os rapazes aqui são diferentes, mas tudo demonstra que você já teve sorte na vida, Raymond.
        Logo chegaram a uma clareira no bosque. Timothy atirou o casaco ao chão, pegou no machado e começou, com golpes fortes, a cortar um pinheiro alto.
         Raymond ficou parado, em profunda meditação.
       Oportunidades? Sim, de fato não lhe tinham faltado, mas não as havia aproveitado. "Ninguém tem o direito de se intrometer na minha vida", pensou consigo, procurando esquecer-se dos conselhos de seu idoso pai."Bem, já me encontro livre das velhas superstições; contudo às vezes me pergunto se esta liberdade vale o preço que paguei para a obter..."
         O acampamento Haskin estava situado no norte de Minnesota.
        Havia apenas três semanas que Raymond chegara. Os homens eram rudes incultos. Muitos deles tinham o vício da embriaguez, enquanto que o praguejar e o desprezo pelo dia do Senhor eram constantes e não se constituía uma exceção à regra.
         Timothy havia sido membro do grupo por muitos anos. Apesar de sua falta de inteligência e de sua deformidade física, era popular entre seus  companheiros. Surpreendia a todos sua amizade pelo alto Raymond, manifestando a sua admiração por este de muitas, embora modestas formas,
assim merecendo do jovem amável complacência.
       Certo dia, quando caía forte nevasca por já ter chegado o inverno, Raymond e Timothy trabalhavam com um numeroso grupo de lenhadores.
           De repente, uma árvore enorme tombou, caindo com grande estrondo.
       Acima do barulho destacou-se um grito de horror e sofrimento. Era Timothy, o pobre aleijadinho. Por desgraça fora colhido por um grande ramo da árvore, que agora o prendia ao solo. Raymond foi o primeiro a chegar perto dele. Com todo o cuidado, os homens libertaram-no, encontrando o pobre corpo encurvado horrivelmente mutilado.
          – Parece que estou no fim, rapazes – disse ele, esforçando-se por dominar a voz. – Ah, Raymond, fique perto de mim. Ai! tenham cuidado!
          Levaram-no ao acampamento. Um homem montou logo a cavalo, para ir à aldeia mais próxima, a quase cinquenta quilômetros de distância, a fim de chamar um médico. Todos recearam que Timothy não estaria vivo quando o médico chegasse, tão intenso era o seu sofrimento. Quando o deitaram numa cama tosca, perto do braseiro, olhou ansiosamente para os rostos dos seus companheiros.
         – É a morte, rapazes. Falem-me de Deus. Nunca me falaram dEle.
       Um silêncio estranho desceu sobre o grupo de homens, silêncio interrompido apenas pelo barulho do vento lá fora. Timothy tornou a falar:
        – Raymond, fale-me dEle. Com certeza você deve saber, pois é diferente de todos nós. Todos fitaram o jovem. Este inclinou-se mais para Timothy, perguntando-lhe:
         – O que é que você quer ouvir?
         – Tudo a respeito de Deus. Como pode ver, pouco sei. Será que não pode falar dEle? Faça uma oração por mim. O rosto de Raymond tomou-se pálido e austero. Seu pai pregava o Evangelho, e ele mesmo já havia estudado a Bíblia. Mas, pela influência de um colega de escola ateu, e pela leitura de livros que este lhe emprestava, a dúvida havia se introduzido na mente de Raymond.        
          Dominado pela ideia de superioridade do seu intelecto, o jovem havia se firmado nessa atitude até chegar o dia em que zombara da fé de sua falecida mãe e negara a existência de Deus.Resolvera desprender-se de tudo aquilo que o ligava ao lar paterno. Escreveu ao pai uma carta arrogante anunciando-lhe sua mudança de pensamento, e saiu para o mundo, sem deixar vestígio de seu paradeiro.
           Seguiram-se dias tenebrosos. Teve que aprender quão vazia é a vida sem esperança em Deus. Teve saudades da voz do seu querido pai; porém o orgulho não permitia que regressasse ao lar e pedisse perdão. No seu desespero, fez-se contratar pelo capataz do acampamento de lenhadores de Haskin.
            Tudo isso voltou-lhe à memória num momento. Este pobre companheiro moribundo estava pedindo-lhe que rogasse a Deus por ele. Soltou dos lábios um gemido.
          – Timothy; não posso! Eu... 
         – e calou-se, incapaz de dizer que não acreditava no Deus a Quem, na hora da morte, até Timothy queria voltar-se.
           – Não pode? Ora, eu julgava que você O conhecesse!
           Raymond não podia mais suportar. Saiu correndo pela porta, em plena nevasca. Andou de um lado para o outro na floresta, sem fazer caso do vento ou da neve. Enfrentou e lutou com o problema do relacionamento do homem com o seu Deus. Estava a sós com Deus. Naquela hora desapareceu o seu ateísmo. As teorias da ciência, nas quais havia deposi-tado a sua confiança, desmoronaram-se debaixo de seus pés. Só ficava um alicerce inabalável.
           Começava a escurecer no quarto onde Timothy estava deitado, quando a porta se abriu e Raymond entrou. Com passo firme, aproximou-se
do moribundo.
             – Timothy; estive em contato com Deus. Ele perdoou- me, apesar de todo o meu pecado. Agora venho falar a você do Seu amor. Com simplicidade e ternura, contou a história do amor de Deus, que O levou a enviar Seu Filho amado ao mundo para morrer pelos pecadores, levando sobre Si os pecados de todos os que depositem a sua confiança nEle como Salvador de suas almas.
           “Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8)."
            “O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" 
(1João 1.7)."
            Outros se aproximaram, reunindo-se em volta da cama.
      Poderiam eles duvidar da verdade das palavras faladas, quando contemplavam o brilho no rosto de Timothy?
            – Posso ver – disse ele.
            Raymond ajoelhou-se. Um após outro, aqueles homens rudes caíram de joelhos. Nunca Raymond orara como nessa hora. Deus estava com ele.
            Em torno de si estavam homens que, no dizer de Timothy, nunca tiveram
uma chance na vida. Raymond orava com uma fé nascida da certeza absoluta da prontidão da boa vontade de Deus para salvar.
          – Está tudo bem – murmurou Timothy. – Vou para Ele, Raymond!
          Conta a todo mundo...
          – Sim, Timothy, vou passar a minha vida contando a todos.
         – Graças Te dou, meu Deus. – disse o moribundo com a voz jáenfraquecida.
           Mais alguns momentos, e tudo estava terminado.
           Raymond voltou-se, então, para os companheiros:
          –Timothy já partiu, rapazes! Vocês ouviram a minha promessa aTimothy. Peço que me perdoem pelo espírito que tenho manifestado para com todos, e permitam que eu inicie o meu serviço pregando a vocês.
         – Muito bem; queremos ouvir — respondeu o que era capataz. 
         —Quando chegarmos onde está o Timothy, desejaremos ter ouvido.
          Então Raymond contou a história, tão antiga, mas sempre atual, de Jesus e do Seu amor.
           Naquela noite, antes de se deitar, Raymond escreveu uma longa carta ao pai. Ficaria onde estava até receber resposta a essa carta. Na noite seguinte começou a reunir seus companheiros para contar-lhes a história de
Cristo, da Sua morte e ressurreição.
Chegou a terceira noite. No fim da palestra, simples, mas tocante, que Raymond dirigira, a porta abriu-se e entrou um estranho, homem alto e magro, com cabelos brancos como a neve.
           – Meu pai! — exclamou Raymond.
          – Meu querido filho! Vim aqui para ajudá-lo! — E Raymond foi
envolto nos braços de seu pai.
O trabalho assim iniciado no acampamento de Haskin continuou, até
que setenta almas foram levadas ao conhecimento do Senhor Jesus como
Salvador.

Os dois inquilinos - A. T. Schofield

Os dois inquilinos - A. T. Schofield

Suponhamos que um senhorio tenha alugado sua casa a um mau inquilino, que bebe, joga, pragueja e seja uma desgraça para a vizinhança, além de nunca pagar o aluguel. Por fim, o senhorio perdoa todos os aluguéis atrasados e coloca na casa um novo inquilino - tranquilo, respeitável, trabalhador, e com autoridade suficiente para manter o mau inquilino quieto em um dos aposentos da casa. Ele nunca deverá permitir que o mau inquilino tome o domínio da casa, e jamais deixará que ele abra a porta.

Esta é uma figura um pouco grotesca de um cristão. Seu corpo é a casa; sua velha natureza é o mau inquilino; sua nova natureza é o bom inquilino, e Deus é o proprietário do imóvel, pois nosso corpo não é nosso, mas do Senhor. Não moramos em casa própria, por assim dizer, mas somos meros inquilinos - uma verdade solene e frequentemente esquecida.

Surge, então, uma dificuldade. O mau inquilino é um velho muito forte; o novo inquilino é um jovem ainda fraco. Embora ele tenha completa autoridade, ele não tem poder para cumprir o desejo do proprietário da casa. Ele clama por auxílio e o proprietário envia um forte amigo, de sua própria casa, para ajudar o novo inquilino a subjugar o velho inquilino e mantê-lo sob custódia.

O amigo forte é o Espírito Santo, "para que, segundo a riqueza da Sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o Seu Espírito no homem interior" (Ef 3.16 Almeida Versão Atualizada). É por isso que com frequência lemos acerca dEle subjugando o velho inquilino ao invés do novo inquilino fazê-lo. Devemos, evidentemente, entender que esse amigo nunca interfere, a menos que o novo inquilino o deseje (veja Gálatas 5.17,25).

Suponhamos que eu convide alguns amigos para virem a essa casa e passarem uma noite agradável com meu velho amigo que mora ali. Eu ouvi dizer que aconteceram algumas mudanças naquela casa, mas não sei exatamente o que aconteceu. A porta é aberta pelo velho inquilino, mas ele está com uma aparência intimidada. Quando eu lhe digo a respeito da razão de minha vinda, ele diz, "Bem, evidentemente eu gostaria de convidá-lo a entrar, mas não posso fazê-lo pois o novo inquilino não gostaria. Você compreende, agora é ele o responsável por esta casa perante o proprietário, e ele é muito exigente quanto a mantê-la em ordem e em silêncio. Eu só vim atender porque ele está dormindo, mas se houver qualquer barulho na casa ele logo me trancará novamente".

Fica evidente, neste caso, que fui atendido pela mesma pessoa que conhecia há tempos, com a única diferença que ele teve seus aluguéis perdoados e que há agora um novo inquilino na casa, do qual ele tem medo.

Suponhamos, agora, que eu volte depois de alguns meses para tentar induzir meu velho amigo a sair e passar uma noite divertida junto comigo. Está bem escuro quando eu bato à porta, portanto não posso ver quem vem abri-la, mas supondo que seja meu velho amigo, eu digo:

- Venha ao teatro comigo.

- Eu nunca vou lá - é a resposta que ouço.

- Eu sei - digo eu - é porque você agora tem medo.

- Não, eu não estou com medo; acontece que não ligo para isso.

- Deixa disso - digo eu - não aceito tal desculpa; eu sei que você gosta, e muito, mas você está com medo do novo inquilino.

- Eu sou o novo inquilino - é a resposta que ouço.

Neste caso, não estou diante do velho homem com seu aluguel perdoado, mas de um homem completamente novo, respondendo às minhas perguntas e declarando que não liga para os prazeres mundanos. Trata-se, aqui, de algo novo, mas é esta também a verdadeira posição do cristão: ele deve sempre deixar que sua nova natureza, e nunca a velha, atenda à porta.

Vamos supor agora que eu continue a bater à porta por alguns meses, e receba invariavelmente a mesma resposta. Não seria surpresa eu pensar que o velho inquilino tivesse morrido, pois ele nunca atende à porta. Assim é ele, ao menos naquilo que diz respeito ao aspecto visível da sua existência. O novo inquilino, no entanto, poderia me contar das muitas tentativas que o velho homem faz para escapar de seu confinamento, quando nada exceto a força do amigo pode evitar que ele se mostre tão mau como sempre foi. [ A. T. Schofield ]

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

PROBLEMAS


 
PROBLEMAS
     Pense   fato de que existem cerca de seis bilhões de pessoas em um mundo onde há todo tipo de problemas. Se você tem problemas, você tem muita companhia. Acredito que não existem muitas pessoas isentas de algum tipo de problema. Eu também já tive um problema sério durante boa parte de minha vida, mas encontrei a solução. Mais adiante contarei a você do meu problema e da solução que encontrei, mas primeiro deixe-me citar alguns problemas que as pessoas têm, pessoas como eu e você.
       Problemas Raciais, Nacionais, Sociais e de Todo Tipo
       Há anos que os Árabes e Judeus vivem em conflito. Ambos desejam a mesma coisa e há uma disputa constante entre eles. Há também problemas entre negros e brancos. Além disso, há outros grupos de diferentes raças e religiões onde existem problemas. Todo país parece ter seus problemas internos. Lutas na Irlanda, guerra declarada nos países da África, violência e violação dos direitos humanos em países da Ásia, tudo indicando o carárter universal dos problemas. Nenhum país na face da Terra está isento de problemas morais, de saúde, financeiros, políticos e outros tipos de problemas domésticos que atingem cada um deles.
       Os Maiores Problemas
       Todavia, os maiores problemas no mundo são pessoais. São os problemas pessoais que geram todos os outros problemas. Existe um número crescente de casamentos destruídos, lares desfeitos e problemas sexuais que incluem estupros, incestos, abuso de crianças e homossexualismo. Dificuldades financeiras, roubos, vícios por drogas, alcoolismo, crimes e até suicídios estão em evidência em todo lugar e são muito comuns neste mundo atribulado. Problemas assim deixam as pessoas desnorteadas e confusas; fazem com que as pessoas sintam que a vida é um completo fracasso e levam muitos a pensar se vale a pena ou não viver. Tudo isso faz com que você se sinta triste, só e infeliz. Um sábio da antiguidade se expressou assim: "O homem, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação". Creio que temos que concordar com ele.
      Quem Sou Eu e Qual Era o Meu Problema?
      Meu nome é Harold Smith; moro em Argyle, Nova Escócia, Canadá. Já vivi neste mundo por mais de setenta anos. Meu problema parece ter surgido quando eu tinha uns doze anos de idade. Parecia haver dentro de mim um vazio que me deixava inquieto. Recordo-me de um dia em que meu pai me encontrou chorando e perguntou o que havia de errado comigo. Eu não podia dizer pois nem mesmo eu sabia. Fui criado em um bom lar e respeitava meus pais; mas parecia haver algo faltando dentro de mim. Digamos assim, havia um vácuo, uma fome, um sentimento de solidão. Achava que quando crescesse e pudesse ser dono de minha vida e fazer as coisas que quisesse isso acabaria me trazendo satisfação.
      Por Minha Conta
      Sendo assim, aos quatorze anos abandonei a escola e fui trabalhar. Tinha meu próprio dinheiro e estava livre da influência de meus pais, mas isso não me deu a alegria que pensei que daria, ao menos aquela que eu buscava. Depois de passar algum tempo fazendo o que todo mundo fazia, acabei me alistando no exército durante a Segunda Guerra Mundial. Então comecei a pensar que meu problema podia ser na área sexual. Se pudesse me casar e sossegar, talvez fosse feliz. Eu já tinha uma namorada, a mesma que tenho após 53 anos de casado, então nos casamos quando eu tinha dezenove anos de idade.Precisei servir em outros países. Apesar de permanecer fiel à minha esposa, divertia-me com meus amigos, embora com certas limitações, fazendo o que todo mundo fazia. Quando voltei para meu lar e para minha esposa, passei os anos seguintes, até chegar aos vinte e seis anos de idade, procurando por algo para satisfazer meus anseios, preencher o vazio em minha vida. Por fora eu parecia ser um rapaz muito feliz, mas por dentro eu vivia uma vida miserável.
      Uma Vida Vazia
      Era feliz no casamento, tínhamos filhos e nenhum problema financeiro mais sério. Todavia existia um vazio em minha vida. Embora levasse uma vida normal, não encontrava uma resposta para meu problema. A religião nunca me atraíra, e a mera "religião" ainda não me atrai. Eu conhecia muitas pessoas que eram religiosas e tinham os mesmos problemas que eu.Então comecei a pensar: "De onde vim e por quê estou aqui? Já tentei de tudo, será que meu problema é espiritual?". Eu tinha minhas próprias idéias sobre o que era ser cristão. Não queria apenas me tornar religioso. Tinha ideais elevados e achava que se os conquistasse com certeza eu seria bem feliz. Então comecei um programa de reforma pessoal, abandonando todos os meus maus hábitos e virei uma nova página em minha vida. As pessoas começaram a notar que eu era uma pessoa diferente. A mudança era evidente a todos. Posso me recordar de um homem que me disse algo assim: "Você deve ser um cristão de verdade". O que ele não sabia era que aquilo tudo era exterior. Eu poderia ter dito a ele que, se eu era um cristão, certamente era o mais infeliz de todos. Aquilo que eu esperava que me trouxesse uma razão de viver e satisfação pessoal simplesmente não estava funcionando.
       A Raiz do Meu Problema
       Comecei então a ler a Bíblia, um livro que nunca havia lido, mas pelo qual tinha grande consideração. Foi enquanto lia a Bíblia que descobri que meu problema residia no fato de eu não estar bem aos olhos de Deus. Finalmente eu tinha encontrado qual era o meu problema: "CULPA". Minha descoberta me deixou ainda mais infeliz, aumentando meu desconforto e inquietação. Passei a ficar mais preocupado por causa de meu pecado e culpa. Por causa de minha consciência, eu sabia que não estava de bem com Deus e aquilo me metia medo. Ao descobrir que meu problema era medo, percebi que era o mesmo medo que tinha quando estava com doze anos de idade. Havendo descoberto meu problema, surgia agora a questão: "Qual seria a solução?" Eu havia tentado me reformar, fazendo o melhor que podia, e ainda assim não encontrara a paz ou a resposta para aquilo que há tanto tempo procurava.
        O Remédio para o Pecado
        Ao longo de minha leitura da Bíblia entendi que eu era um pecador. Esse crescente sentimento de culpa fez com que eu ficasse com um medo cada vez maior. Eu sempre soube que Jesus Cristo, o Filho de Deus, desceu do céu para morrer por pecadores. Eu não tinha nenhuma dificuldade em admitir que era um pecador. Se eu já cria que Cristo tinha morrido por mim, então por que razão ainda sentia sobre mim aquele fardo que era a razão de meu problema? A Bíblia é clara quando diz: "Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo" (Atos 16:31). Eu sabia que acreditava, mas continuava me sentindo miserável e certamente não estava salvo.
         Ele Morreu Por Meus Pecados
         Então descobri que "crer" significava "confiar de todo o coração". Finalmente enxerguei a verdade da salvação. Ainda me lembro daquele dia em Agosto, há quarenta e cinco anos, quando, como um pobre pecador, entendi de repente que o Senhor Jesus Cristo havia morrido por meus pecados. Deus dizia que seu eu cresse, confiasse, aceitasse a Ele, eu teria o perdão dos pecados e a vida eterna. Foi exatamente o que eu fiz um dia, simplesmente assumindo meu lugar como um pecador infeliz e confiando no Senhor Jesus como meu Salvador. Cri no que estava escrito em João 3:36: "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna".Nos muitos anos que já vivi desde então, não vivi uma vida livre de problemas, mas posso dizer com toda a honestidade que mesmo com problemas tenho tido uma paz firme com Deus e a bendita certeza de que meus pecados foram todos perdoados e que tenho a vida eterna.
         Jesus disse: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas" (Mateus 11:28,29).

domingo, 17 de agosto de 2014

O Que Sucedeu numa Trincheira



O Que Sucedeu numa Trincheira
     Certa manhã, estávamos defendendo uma trincheira, bombardeados, como de costume, pelo fogo inimigo. De repente, vimos uma nuvem negra de fumaça ao explodir um projétil cujos estilhaços zuniam ao passar por nossos pés. Então, o pobre companheiro Bertrand caiu por terra. James "Pequeno" (que tinha quase dois metros de altura!) e outro soldado saltaram para a cova produzida pela explosão e levantaram-no, verificando logo que seu estado era desesperador. Não havia posto de socorro por perto, e alguns soldados juntaram uns sacos vazios, dos que tinham estado cheios de areia, e um velho capote, e encostaram neles o Bertrand, no fundo da trincheira, para morrer.

   Passado pouco tempo, James ficou surpreendido ao ouvir uma voz perguntando:

     -- Pode me dizer qual o caminho para o Céu?

     James saltou para perto de Bertrand e respondeu:

    -- O caminho para o Céu? Sinto muito, meu amigo, mas não sei! Vou perguntar aos outros.

      Voltou ao banco de tiro e perguntou ao companheiro mais próximo, mas este também ignorava o caminho. A pergunta foi passando de um para outro: "O Bertrand está morrendo e quer saber qual o caminho para o Céu; você pode informar?". A pergunta passou por dezesseis soldados naquela trincheira, sem que qualquer deles pudesse explicar ao amigo moribundo como ele poderia ser salvo! É muito triste ver um amigo morrer sem poder ajudá-lo! De nada serve consolá-lo com aquilo que se supõe ou se imagina! Ah, não, o que ele necessita é a verdade!

      O décimo sexto soldado, porém, saltou do banco de tiro e foi correndo para o próximo posto, onde outro se mantinha alerta. Este sentiu uma mão batendo em suas costas e ouviu o companheiro, que gritava:

      -- Há um dos nossos que foi atingido; está prestes a morrer e deseja saber o caminho para o Céu. Você pode dizer-lhe?

       Virando-se, o interrogado respondeu, com um sorriso iluminando seu rosto:

      -- Sim, eu posso!

      Enfiando a mão no bolso da camisa, tirou um Novo Testamento e, abrindo-o rapidamente, observou:

     -- Vê este versículo sublinhado a lápis? Coloque seu dedo neste versículo. Diga a ele que este é o caminho.

     O décimo sexto soldado voltou correndo, passou a mensagem e o Novo Testamento de um para o outro e, logo depois, James "Pequeno" o tinha em mão. Novamente aproximou-se de Bertrand, que jazia imóvel. Tocou-lhe no ombro e vagarosamente Bertrand abriu os olhos.

      -- Está aqui, Bertrand, querido amigo; aqui está o caminho para o Céu. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16)

     Logo, uma imensa paz expressou-se no rosto de Bertrand que, com a voz sufocada, procurava dizer:

       -- Todo aquele...

     Depois, mostrou-se calmo e sereno. De repente, dando um último suspiro, exclamou:

       -- TODO AQUELE! -- e morreu.

      Que grande mudança, passar de um campo de batalha para a presença de Cristo!

       Querido amigo, eu, que também já encontrei o Caminho, desejo assegurar a você que isto é verdade: JESUS é, verdadeiramente, o Salvador; JESUS, que disse: "Eu sou a Porta; se alguém entrar por Mim, salvar-se-á" (João 10.9); JESUS que morreu para nos levar a Deus; Ele próprio, que está agora assentado à destra de Deus, coroado de honra e glória; Ele é o único Salvador e o único Caminho para o Céu. Ele mesmo disse: "EU SOU o Caminho, e a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim" (João 14.6).

"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4.12)

Autor desconhecido

terça-feira, 12 de agosto de 2014

QUAL O TEU DESTINO?


QUAL O TEU DESTINO?
AVANÇANDO, tão depressa!
Sim, mas que destino tens?
Será para a glória eterna
De felicidade e bens?
Avançando, tão depressa,
Sim, mas que destino tens?
Avançando, tão ligeiros,
— Nada o tempo pode sustar! —
Alguns há que estão seguindo
Para o glorioso Lar,
Avançando! Bem alegres,
Cristo é Guia pra os levar.
Avançando, pra desgraça —
Muitos seguem rumo tal,
Desprezando o perigo
Da sua alma imortal,
Avançando, indiferentes,
Para a perdição total.
Eis veloz, com passo certo,
Breve o tempo vai findar.
Pecador! Ouve o convite,
Cristo pode a vida dar
Vem a Cristo, sem demora;
Só Jesus pode salvar!